A Brava - A Brava Companhia (São paulo)

A Brava

Inspirado na história de Joana d’Arc – santa padroeira da França, queimada viva no século XV – o espetáculo “A Brava” propõe uma reflexão sobre os objetivos, rumos e escolhas de cada indivíduo. Na montagem, a saga da heroína francesa é mostrada de forma épica, valendo-se de recursos como a música, a interação com a plateia e as referências das culturas popular e pop, que se agregam ao drama e ao humor anárquico, para construir paralelos com os dias de hoje.

Encenada por quatro atores, a peça foi concebida para locais abertos, mas também pode ser apresentada em locais fechados, desde que amplos e arejados. Além do espaço necessário para toda a movimentação – do elenco, do cenário e do próprio espectador –, o fogo aparece como elemento de cena, no chão e em tochas à base de querosene e gasolina. A música executada ao vivo também é ponto forte, enriquecendo os jogos cênicos e as improvisações. A interação com o público é total, que ora responde às perguntas dos atores, ora é transformado num grande coro.

As vozes do além, que Joana acreditava ouvir, tornam-se símbolos interpretados como a crença em sonhos ou a ousadia de trilhar caminhos contrários a padrões pré-estabelecidos pela sociedade. Já as batalhas enfrentadas por ela assemelham-se às nossas lutas contra os obstáculos do cotidiano na busca pela felicidade.

“A Brava” rendeu ao grupo este ano o prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro (CPT) na categoria melhor espetáculo apresentado em rua, além de indicações para melhor projeto sonoro, dramaturgia, entre outros. Também foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro de São Paulo na categoria melhor direção.

Heróica

A Brava Companhia foi fundada na Zona Sul paulistana em 1998, inicialmente, com o nome de Cia. Teatral ManiCômicos. Em 2007, passou a se chamar Brava Companhia, mantendo e ampliando seu histórico de realizações e pesquisas práticas. Colecionadora de prêmios, seu trabalho foi assistido por plateias de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo. No Festival Isnard Azevedo, esteve em 2007, quando ainda competitivo, levando para casa o prêmio de melhor espetáculo de rua pelo espetáculo “Perfeição – Quando a Tempestade nasce das Luzes”.

Fábio Resende
Membro fundador, ator e diretor da Brava Companhia (antigo ManiCômicos), desde 1998. Graduando em artes cênicas pela Faculdade Paulista de Artes, entre outros cursos, teve aulas com o grupo dinamarquês Odin Theatret, dirigido por Eugênio Barba; grupo Folias D’Arte, com Reinaldo Maia; mais Ana Fridman Celso Solha, Ana Thomaz, Celso Frateschi e Edite Siqueira. Trabalha na área de arte-educação desde 1996 e, atualmente, é coordenador geral do Projeto Anchieta, uma iniciativa sociocultural. Dirigiu e/ou atuou em cerca de 30 trabalhos.

Ficha técnica
*Dramaturgia: o grupo
*Direção: Fábio Resende
*Atuação: Ademir de Almeida, Fábio Resende, Márcio Rodrigues e Rafaela Carneiro
*Cenário: Fábio Resende, Márcio Rodrigues e Mundano
*Figurino: Karla Maria Passos e Lígia Passos
*Produção: Kátia Alves, Luciana Gabriel e Maxwell Raimundo
*Gênero: tragicomédia
*Recomendação etária: 14 anos
*Duração: 90 minutos



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